A mulher e a metade.

Há 100 anos, 15 mil mulheres, segundo o portal do IWD - International Women’s Day, marcharam pela cidade de Nova Iorque exigindo a redução da jornada de trabalho, melhores salários e direito ao voto. Essa manifestação, foi o marco que deu origem ao Dia Internacional da Mulher.

Embora, durante todo esse tempo, a comemoração tenha existido no mundo em datas um pouco diferentes, foi apenas quando a ONU declarou 1975 como Ano Internacional da Mulher, que o dia 8 de março passou a ser reconhecido e celebrado globalmente. Desde então, não se parou mais de discutir as grandes questões que envolvem a mulher.

Mesmo assim, até hoje, o feminino em seu sentido biológico, simbólico e cultural, ainda representa a metade que permanece nas sombras da sociedade que, às vezes, parece bem-intencionada, mas que tem acertado tão pouco.

Integrar a natureza feminina ao sistema talvez seja a única forma de curá-lo em profundidade. Mas para isso, é preciso que a mulher seja incorporada não apenas ao mercado produtivo, tornado-se apenas mais uma consumidora bem sucedida, mas também a todas as estruturas organizadoras desse sistema.

O feminino precisa permear as leis, a administração, a religião, a pedagogia e a matemática. Deve estar no asfalto, nas máquinas, nos chips e na informação. Tem que celebrar a missa e a criação. E essa integração começa a partir da própria mulher, que deve enxergar além das suas conquistas, reconhecendo as hábeis manobras de um sistema que se alimenta das suas próprias contradições. Mas felizmente, nesse campo, elas são mestras.
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