Drucker or hacker?

Algums dias após o atentado às torres em Nova York, no programa Manhattan Connection, Lucas Mendes, ironicamente, concluiu que quem estava ganhando com aquela ação eram os chineses, uma vez que eles fabricavam as bandeiras americanass que já ocupavam todos os espaços da América.
Que o nosso mundo-mercado não é mais o mesmo, é evidente. Mas concluir que está totalmente no avesso, também é exagero.

Em todo caso, coisas como voar e escrever sobre o futuro, parecem ter ficado mais inseguras.
O que, diga-se, sempre foram.

Algumas tendências entretanto, parecem irreversíveris.
Acredito que os processos de globalização e a informatização, serão os grandes mocinhos e bandidos deste começo de século e com os quais o profissional de marketing vai ter que fazer alianças para suas futuras aventuras. O nosso herói deve estar emocionalmente preparado para mudanças drásticas e rápidas nos seus planos e metas devido a interdependência econômica mundial on-line e em tempo real, não importando se ele trabalha numa multinacional ou numa pequena empresa familiar local.

Sobre a tecnologia de informação, incluindo internet, penso que antes de aprofundar-se tecnicamente sobre o assunto, é preciso que o profissional de marketing procure compreender como ela atua, para tirar benefícios reais dos seus processos. Hoje, muito se fala em CRM, todos tem seus sites interativos, seus sistemas logísticos eletronicamente gerenciados. E os produtos para esse setor proliferam a cada dia. Estar na frente nesta área, custa tanto quanto estar atrás. A decisão entre um investimento arriscado e um provável prejuízo, coloca essa matéria como companheira de insônia do nosso herói. Talvez seja o campo onde serão tomadas as grandes decisões estratégicas das empresas.

Mas, para dormir tranqüilo, aindae o profissinal de marketing deva comprometer sua organização com a responsabilidade social. O livro-bíblia - Princípios de Marketing - Kotler e Armstrong - em sua sétima edição, dedica um capítulo sobre ética do marketing e responsabilidade social.
Pensar nos interesses da sociedade a longo prazo e manter a empresa competitiva ao mesmo tempo, provavelmente será a gastrite inevitável do gerente de marketing daqui pra frente. Por um lado, um mercado internacionalizado cada vez mais exigente no que se refere à legislação, certificações de qualidade e presevação ambiental. E de outro uma concorrência feroz por preço.

Finalizando, nosso bravo herói ainda enfrentará mais uma dor de cabeça, completando o quadro dos males laborais da atividade: terá que aplicar os fundamentos de marketing em mercados que ainda estão desenhando suas regras. Qualquer que seja o porte da empresa ou o ramo de atividade, a concorrência tende a crescer na ordem inversa às margens.
Para prosperar neste ambiente o profissional de marketing deverá possuir um lado Drucker: erudito, estudioso, filósofo e consequente. E um lado hacker: jovem, instintivo, criativo e irresponsável.

Outubro de 2001
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