A sala de espelho não é mágica.

Segundo a mitologia, três tecelãs fiam os dias da nossa vida, um dos quais se torna, inevitavelmante, o último. Esse trio de mulheres sinistras era conhecido na Grécia antiga como as Moiras. E o comprimento do fio que elas atribuiam a cada um era decidido apenas por elas: nem mesmo Zeus, o fodão do Olímpo, podia interferir na decisão.

Hoje em dia, em função da demanda, para ceifar nossas cabeças na hora programada, provavelmente, as três trocaram seus velhos fusos por equipamentos alimentados por base de dados. E também, como qualquer mortal, devem ter acrescentado o iPod ao seu dia-a-dia. De qualquer forma, a sua atuação continua bem presente e suas decisões soberanas - exatamente como na antiguidade clássica.

Mas nem só o passado produziu figuras femininas poderosas. Até mesmo a nossa cultura, de superficialidade assumida, gerou personagens importantes para comandar o destino de nossas ações. A nossa divina necessidade de comunicação industrial, por exemplo, é comandada por três mulheres que, por trás da aparente docilidade, controlam implacavelmente o destino de todo esforço de comunicação. Chamam – se as trigêmeas: Pertinência, Relevância e Consistência.

Tentamos em vão interpretá-las como meras projeções das necessidades e desejos daqueles com quem procuramos nos comunicar. Sob esse aspecto, as três deveriam possuir exigências facilmente mostradas pelas pesquisas e reveladas nos focus groups. A sala de espelho, no entanto, não é mágica.

Sacanagem

Li não sei onde e não sei quando - portanto você não tem que levar a sério esse dado - , que 40% do tráfego na internet ocorre pelos sites pornográficos. O interessante é que dificilmente esse índice surgiria de uma pesquisa de opinião levada com as metodologias normais.

Ah! lembrei. O dado está no livro Click de Bill Tancer, que não li mas deve estar repleto de dados tão interessantes quanto esse. Na resenha do Valor Econômico, “ Tancer lembra que, em 2006, o governo americano divulgou uma pesquisa da Universidade da Califórnia em que afirmava que 99% da navegação na internet estava livre de conteúdo pornográfico. Outras aferições, no entanto, mostravam um cenário completamente oposto. Na época, as visitas a sites de conteúdo adulto consumiam nada menos que 40% de toda a atividade on-line nos Estados Unidos. A explicação para essa discrepância leva o pomposo nome de "dissonância congnitiva". Em termos práticos, é a distância que existe entre aquilo que as pessoas dizem e o que realmente fazem.”

Comportamento, aliás, bastante comum entre grande parte dos consumidores e a totalidade dos políticos.

Para quem acha que é fácil.

Para cada crônica que faço - embora minhas crônicas dêem uma impressão de facilidade -, é como se eu fosse obrigado a levantar um Jumbo.

Às vezes , tento ler um jornal, pra ver se aquele jornal me dá alguma ideia. Mas, em geral, ele não me dá ideia nenhuma.

Muitas vezes, para começar uma crônica, abro o computador e elho para a tela. E a tela não me diz nada, nada, nada. Então escrevo escrevo uma coisa qualquer. Por exemplo; “ E a roda rodou imunda e grossa”. É um verso do Fernando Pessoa. “E a roda rodou umunda e grossa.” Escrevo essa frase e fico olhando para ela. “E a roda rodou imunda e grossa.” E dali nnao sai nada.

Mas botar o dedo na tecla e fazer aprecer aquelas letras na tela é um começo. É como aquelas sereias do Ulisses. O Ulisses estava passando pelo Adriático e, como as sereias cantavam, precisou se amarrar no mastro do navio, para não se atirar nas àguas.

Então, aquelas letras ficam ali: “ E a roda rodou imunda e grossa”. São as sereias. Ela ficam cantando. Letras, letras, letras. E por aí vai. Só que eu não me amarro no mastro, não. Eu vou e sai a crônica.

Carlos Heitor Cony no Paiol Literário.

Estraído do Jornal Rascunho de setembro de 2009 - www.rascunho.com.br

Por água abaixo

do m&m
MP pede suspensão das vendas de H2O e Aquarius

De acordo com o órgão, bebidas desrespeitariam a lei de propriedade industrial por se promoverem como águas, quando na verdade são refrigerantes de baixa caloria

As vendas das águas gaseificadas Aquarius (da Coca-Cola) e H2O (da Pepsi) podem estar seriamente ameaçadas. Nessa última terça-feira, 22, o Ministério Público Federal do Distrito Federal ajuizou uma ação que pede a proibição da comercialização da venda das águas em todo o País sob a alegação de que os dois produtos não são, de fato, água, mas sim, refrigerantes de baixa caloria.

dia 22 de setembro dia mundial sem carro sao paulo curitiba

O que seria do mundo da propaganda?

Outro dia, estava mostrando a pasta em uma agência e acabei me lembrando de uma história que ilustra bem o movimento que a propaganda andou fazendo nos últimos anos.

Foi mais ou menos assim.

Uma agência estava à procura de um cara de criação, com alguma experiência, para assumir a supervisão do seu braço de BTL - cuja operação tinha alguns gargalos na demanda e conflitos entre áreas. Nada muito grave mas, dependendo do gestor, poderia virar um inferno.

Bem, procura daqui, procura dali. Pergunta pra um, liga pro outro e nada de surgir o cara certo. E o tempo passando, sabe como é: aquilo que era um probleminha vai virando o caos na terra.

É aquela história, se cobrir é circo e se cercar hospício, manja? Na verdade, não era isso tudo. Nunca é, mas o que seria do mundo da propaganda sem a tradicional overdose de stress e cafeína?

Uma providência tinha que ser tomada, antes que a casa caisse. Nunca cai, mas o que seria do mundo da propaganda sem a paranóia crônica?

“Tem um cara”, alguém lembrou. Era um cara conhecido, gente boa, profissa. Um cara de propaganda é verdade, mas hoje tudo é ideia – internet, marketing direto, promoção, viral, guerrilha, ativação, PDV, sampling, telemarketing, mobile - tudo é ideia.

“Vamos resolver essa semana, se não vai dar merda”, determinou a diretoria. Nunca dá, mas o que seria do mundo da propaganda sem o desespero básico?

Convite feito, grana acertada, mais vale refeição e assistência médica - essa coisas todas que no fim não são coisa nenhuma - , só faltava um detalhe. Sempre falta um detalhe, mas o que seria do mundo da propaganda sem o essencial detalhe que falta?

Bem, faltava só a aprovação da direção, em São Paulo. Mas como foi dito, era apenas um detalhe. Bastava mandar o portfólio e conversar com a direção. Só pra ficar claro quem, na verdade, estava contratando o cara.

Segue portfólio, via Sedex 10, para São Paulo. E dois dias depois acontece o diálogo revelador nas suas entrelinhas:

- Muito boa a sua pasta, mas você não tem nenhum material de below? Pergunta o diretorzão.

- Bem, responde o candidato, é uma pasta de propaganda e, você sabe, ideia é ideia.

- Sim, eu sei, insiste o diretorzão, mas você tem que entender que somos uma agência de BTL.

- Olha, vou ser sincero, acrescentou o criativo, sentindo a inutilidade da conversa. Comecei em Marketing Direto, fiz estágio em agência de Merchandising, inventei de um monte promoções. Sou do tempo em que a dupla criava todas as peças da campanha: filme, anúncio, outdoor, material de PDV, broadside, chaveiro, boné e o que mais pedisse o job. Passei a maior parte da minha vida carregando um caminhão de peças impossíveis de serem acondicionadas numa pasta sem deixar um pedaço para fora e agora que, finalmente, me livrei de todas elas você está me pedindo para para vê-las? É isso?

- Bem, ponderou o diretor, acho que podemos dar um jeito…

É isso aí

Avaliada em mais de U$ 68 bilhões, a marca Coca-Cola manteve a liderança, pela décima vez, no ranking que a Interbrand divulgou na sexta-feira, dia 18. A marca manteve a primeira posição em todas as edições do estudo lançado em 2000.

tck tck tck

can you spare this man few seconds of your valuable time? tck tck tck

Eficácia na internet tem hora marcada

Pesquisa global realizada pela Eyeblaster revela que o pico de audiência das mensagens comerciais se dá às 9 horas.

Segundo o estudo, o usuário gasta, em média, um minuto por dia interagindo com publicidade online. E o período da manhã é o de maior impacto para as mensagens comerciais, atingindo o pico às 9 horas.

Os vídeos são os que mais tem impacto, com até 70 segundos de atenção do usuário.

O estudo analisou uma amostra de 42 bilhões de interações em todo o mundo, entre setembro de 2008 e março deste ano.

A informação é da coluna Em Pauta, publicada na edição 1376 de Meio & Mensagem, que circula com data de 14 de setembro de 2009.

A rede é só para peixe grande

Bagrinho não entra. Só os tubarões candidatos a Presidência da república poderão usar a rede para suas campanhas eleitorais. A medida ocorreu por meio de acordo, entre líderes governistas e da oposição e faz parte da reforma eleitoral.

Apenas os candidatos que a presidente terão o direito de comercializar espaços na web devido a importância da candidatura e, também, por poderem, de certa forma, comprar os espaços de veiculação de suas campanhas de forma igualitária.

No começo, a proposta debatia o direito de todos os candidatos às eleições do próximo ano poderem utilizar a internet como espaço para suas campanhas eleitorais. O fato de mais de 20 mil pessoas, até o momento, já terem confirmado sua participação na disputa dos cargos políticos levou o governo e a oposição a estabelecerem tal acordo.

Lula na rede

Copy paste do m&m
Blog do Planalto estreia com acessos além do previsto

O novo canal de comunicação entre o presidente Lula e os internautas se inspira nos blogs de Barack Obama, o presidente dos EUA, e Gordon Brown, primeiro-ministro inglês

O Blog do Planalto entrou no ar nesta segunda-feira, 31, com o objetivo de ser o canal de comunicação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a população, principalmente com os jovens brasileiros adeptos das mídias sociais.

Mas os internautas que tentaram conferir o blog logo nas primeiras horas de seu funcionamento tiveram dificuldades de acesso. Ele ficou fora do ar praticamente durante toda a manhã. No começo da tarde voltou a funcionar, porém nem todos os conteúdos estavam disponíveis.

O governo informou que o problema ocorreu devido ao grande número de acessos. O blog foi programado para receber até seis mil visitas simultaneamente. No entanto, esse número passou de dez mil logo pela manhã.

A data de estreia do blog, hospedado na Datavprev, foi escolhida pelo próprio presidente, com o propósito de coincidir com o anúncio do modelo regulatório do pré-sal. A pauta em questão é o assunto prioritário da página.

O endereço eletrônico conta com uma equipe de cinco profissionais, que está trabalhando há dois meses no projeto: o coordenador Jorge Cordeiro (ex-Globo, JB, assessoria da prefeitura de São Paulo), os redatores Daniel Carvalho (ex-Global Voz) e Mayana Diniz (equipe do Planalto); o programador Marcos Machado e o webdesigner Daniel Pádua (ex-EBC).

Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), a ferramenta se concentrará na rotina do presidente, agenda diária, gravações e pronunciamentos feitos por Lula sobre as decisões tomadas pelo governo.

O projeto é inspirado nos blogs do presidente norte-americano Barack Obama e do primeiro ministro-inglês Gordon Brown. Em breve, o presidente brasileiro também deve estar presente no YouTube, com um canal exclusivo, e no Twitter.

Testada e aprovada em Montreal

As agências de publicidade de Montreal lançaram o YUL-Lab, um programa em que o mercado funcionará como um praça teste para campanhas internacionais.

A cidade canadense acredita possuir todos os componentes para torná-la uma "cidade-teste". A sua população é composta por várias etnias e idiomas diferentes. A maioria é descendente de franceses e ingleses mas há também outras minorias, como irlandeseses, italianos, judeus, gregos, árabes, hispânicos e portugueses.

A L´Oreal do Canadá é o primeiro cliente do programa e testará suas estratégias de marketing global. A cidade se posiciona também como local ideal para se entender as plataformas emergentes, como Facebook e Twitter.

O importante é não colocar muita pressão

Mais vale o que se aprende, do que o que te ensinam.
Este é o título do conhecido livro de Alex Periscinoto, em que ele relembra a sua descoberta do mundo da propaganda.

Neste clássico sobre o assunto, o autor apresenta o começo da profissionalização da propaganda brasileira. Relata suas lições com grandes nomes da publicidade americana, mostra cases importantes e expõe muitas das suas idéias e conceitos sobre a profissão.

A simples compreensão sobre o sentido do título, já equivale a muitos livros. Sua leitura então, pode poupar muito tempo para quem está começando. E quem dera pudesse evitar alguns acidentes com estiletes, o batismo oficial de estagiários. Só de pensar, dá arrepios. Lembrem-se: O segredo está em não colocar muita força e passar o estilete várias vezes, com suavidade, até o papel cortado se separar. Simples.

Mas, na hora do pega pra capar, o futuro Marcelo Serpa se esquece e zapt!, a lâmina sobe sobre a régua e encontra a ponta de um dedo gordinho. Tá feito o estrago: sangue, algodão. “Leva para o Pronto Socorro”. “Pode dar tétano”. “Ufa! Ainda bem que não manchou o lay out”.
Felizmente, na maioria dos casos, uma ida à farmácia basta.

Mas voltando, foi só um susto, acho que nenhuma outra profissão oferece tantas oportunidades de aprendizado informal por centímetro/coluna como a propaganda. E, dentro dela, nenhuma área, é mais rica que a criação.

As primeiras lições, são de ordem bastante prática. Por exemplo: aprende-se de cara que na criação sempre há mais bundas que cadeiras, menos computadores que usuários, mais jobs que tempo e mais pizzas que qualquer outra coisa.

Descolada uma cadeira e ocupado um cantinho, começa o verdadeiro aprendizado.
Percebemos que aquela história de oitenta por cento de transpiração e vinte por cento de inspiração, provavelmente foi inventada apenas com o objetivo de motivar o pessoal.
Logo de cara descobre-se que propaganda é feita de cem por cento de transpiração.

Neste começo aprende-se muito sobre dedicação e equipe. A seguir, virão as lições sobre performance e talento. Com o passar do tempo, começa-se a lidar com a pasta, com os prêmios e com o dinheiro, é claro.

Algumas agências depois, aprende-se sobre sorte, caráter e amizades. Passam-se os anos, é hora de perceber qual job vale o stress, o que levar a sério e o que ignorar.

Nessas alturas, começamos a esquecer as primeiras lições. Temos então que fazer uma revisão sobre humildade, gratidão e reconhecimento. O importante é não colocar muita pressão sobre o estilete. Passar várias vezes, mas com suavidade, até que o papel cortado se separe.

Não recomendada para menores de 12 anos

A Associação Brasileira de Indústrias da Alimentação (ABIA) e a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) apresentaram a carta-documento assinada pelas empresas que se comprometem a limitar a publicidade para menores de 12 anos.

O compromisso vale para todas as mídias e entram em vigor até 1º de janeiro de 2010. O acordo segue as iniciativas aplicadas na União Européia e nos Estados Unidos.

As empresas signatárias do movimento são AmBev, Batavo, Bob's, Burger King, Cadbury, Coca-Cola, Danone, Elegê, Ferrero, Garoto, General Mills, Grupo Bimbo, Kellogg's, Kraft Foods, Mars, McDonald's, Nestlé, Parmalat, PepsiCo, Perdigão, Sadia, Schincariol e Unilever.

Google AdNonSense

do m&m

Advertising Age destaca alguns dos erros mais constrangedores do AdSense - a ferramenta de publicidade do Google -, como anunciar um curso de terrorismo em notícia sobre um ataque na Índia.

O contextual targeting é uma mecanismo do Google que busca palavras ou frases para conciliar os anúncios com os conteúdos. Mas em algumas vezes dá zebra.

Quando terroristas atacaram turistas em Mumbai no ano passado, o site In.com trouxe a manchete, "Terroristas mataram o homem que lhes deu água" e o anúncio publicado dizia, "Terrorismo: tenha um certificado em terrorismo 100% online."


E o mineiro continua lendo quieto

Um estudo do Ibope Mídia revela que na região da Grande Belo Horizonte o hábito de leitura diária é 35% maior na região do que a média nacional.
Segundo a pesquisa, os mineiros consideram os meios de comunicação como importantes fontes de entretenimento, informação e companhia.



Mas também estão conectadinhos para um bocadinho de prosa

A pesquisa também mostra que a internet é bastante popular entre população. De acordo com o Ibope, os internautas passam uma média de duas horas e 12 minutos por dia, quietinhos, na internet, tempo maior que a média brasileira.
As mensagens instantâneas e upload de fotos e vídeos em redes sociais e em sites de compartilhamento estão entre as suas atividades preferidas.

E na escolha da cachaça continuam bem mineiros

Os mineiros procuram entre os amigos as sugestões e indicações para as compras. E cerca de 20% dos pesquisados afirmaram que a opinião dos amigos é decisiva na hora de escolher uma bebida alcoólica.

Hasta la vista, baby

Derek Anderson e Victor Kubicek, donos dos direitos do "O Exterminador do Futuro", recorreram à lei de falências para suas companhias.

Os produtores de "O Exterminador do Futuro: A Salvação" se declararam em falência por não terem como pagar as dívidas da produção.

O filme teve um orçamento de US$ 200 milhões e arrecadou quase US$ 370 milhões no mundo todo, sem contar a distribuição em DVD, que ainda não foi lançado.

Agora em nova embalagem

A toda hora, a gente assiste a uma nova campanha, é atraído por uma nova embalagem e experimenta um novo sabor. Somos movidos a lançamentos, aberturas e estréias. Não há nada mais estimulante para a nossa vida do que uma novidade.

Em contrapartida, nunca houve um lançamento tão confortável e seguro quanto o velho: o velho emprego, o velho hábito e a velha calça desbotada ou coisa assim. Imediatamente, nesta hora, você vai lembrar de algumas situações em que essas duas grandes motivações se confrontaram escancaradamente na sua vida.

De modo semelhante, procura-se o prazer da diferenciação e ao mesmo tempo a segurança de ser igual a todo mundo até se obter o um equilíbrio momentâneo desses polos opostos.

Acho que isso explica um pouco tantos carros pratas.
cartoon from www.weblogcartoons.com

Cartoon by Dave Walker.

Prêmio Colunistas Paraná 2009


Até o dia 1o de setembro, estão abertas as inscrições para o Prêmio Colunistas Paraná, evento da ABRACOMP organizado pelo Espaço de Marketing. As peças veiculadas de 1º de agosto de 2008 a 1º de agosto deste ano poderão participar em nove áreas: Televisão e Cinema, Rádio, Mídia Impressa , Mídia Exterior , Mídia Digital, Websites, Mídias Alternativas, Campanhas, Mídias Integradas e Apresentações Especiais.

As inscrições feitas até o dia 31 de agosto terão descontos gradativos. O regulamento, relação de categorias e programa de inscrição estão no site: www.colunistas.com. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 3244-7579, através do E-mail espamark@espamark.com.br, ou no Espaço de Marketing, à Rua José Cadilhe, 1281, no bairro Água Verde, em Curitiba.


Corações e mentes

Como a maioria dos publicitários da minha geração passei muito tempo em botecos de níveis variados reformulando o mundo, o cinema, a política e, principalmente, a propaganda. Evidentemente, toda essa pauta não passava de uma boa desculpa para se beber algumas Antarticas estupidamente geladas. Ritual sagrado e diário que transmutava todas as pressões e sacanagens em gargalhadas, confissões e teorias malucas que na hora faziam o maior sentido.

Essa mesma geração assistiu ao fim do vinil e das suas capas memoráveis, como a do album Abbey Road dos Beatles que está fazendo 40 anos, agora, em agosto. Também despediu-se da máquina de escrever, que era uma espécie de brinquedo para adultos com muitas alavancas, roldanas e ruídos. E que, apesar dessa simplicidade mecânica, imprimiu muitas grandes idéias durante mais de um século.

Falando em grandes idéias, vimos também o fim do fusca, bugiganga feita como encomenda para o III Reich e que sobreviveu à queda do Fuher, fez história na propaganda na DDB dos anos 60, e foi fabricado no Brasil até 1996, graças a uma solicitação do nostálgico Itamar Franco.

Mas voltando a cervejinha. Hoje em dia, acompanhando as notícias sobre os programas de fidelizacão da AmBev, que geraram multas recordes aplicadas pelo CADE, e as discussões entre ABRABE e AmBev, que envolvem o uso da garrafa retornável, só podemos concluir que também estamos assistindo ao fim da construção de marcas pela via da comunicação.

Ao se permitir que os maiores nomes da indústria cervejeira do país se agrupassem em uma só companhia - hoje, feliz detentora de 68,3% de share, segundo dados Nielsen, é natural que a distribuição se tornasse muito mais importante que a comunicação das marcas.

Só que no front dos pontos de venda, a guerra é muito mais sangrenta do que no universo autorregulamentado e altamente monitorado da propaganda.

O problema é que esse território de prateleira, ou melhor, de geladeira, conquistado apenas com o poder de fogo da Sétima Frota da AmBev, não pode ser mantido sem a ocupação dos corações e mentes dos consumidores pela boa e velha propaganda.

Aí é que generais de gabinete têm que chamar os Rambos Fernandes…

Mas isso já é conversa de boteco.

Download. Dicionário widget para Mac.

O dicionário.widget foi concebido para rodar no Mac OS X 10.4 (Tiger) e 10.5 (Leopard). O novo pai do burros, usa como fonte das informações o dicionário online da Priberam. Possui uma interface muito simples e amigável. O projeto, desenvovido por Emanuel Santos, é Open Source e fornecido gratuitamente sob a licença GPL.

Download
ou, em bom português, Baixa aí

A faixa de pedestres mais respeitada do mundo

Todos os dias, centenas pessoas atravessam a faixa de pedestres mais cultuada do planeta, em frente aos estúdios da Abbey Road em Londres, para uma foto que lembre a imagem da capa do último album dos Beatles.

E neste dia 8 de agosto, a rua vai celebrar o 40º aniversário da foto da capa do album Abbey Road, considerado por muitos como o mais importante do grupo.

Acima do cruzamento, o estúdio da Abbey Road, onde foi gravado o disco, instalou uma webcam que funciona 24h.

Surfando na pororoca

Todo mundo já deve ter ouvido a conversa de que, em chinês, o ideograma correspondente a palavra crise é formado pela união de perigo e oportunidade. E ainda que essa informação venha, na maioria das vezes, de um autor mais interessado em vender o seu próprio peixe do que em reconhecer a expressividade da escrita oriental, o fato é que aos poucos vamos incorporando mais esse gadget semântico “made in china” ao desgastado significado que a palavra crise adquiriu no léxico ocidental.

Mas era de se esperar que, ao longo do tempo, o vocábulo em questão tenha perdido um pouco da sua precisão significativa - afinal é usado para identificar desde falência de casamento até a queda iminente do técnico de futebol. Assim, indistintamente, a palavrinha tem sido empregada para nomear a angústia existencial dos 40 anos, o desajuste fisiológico dos rins, o distúrbio psicológico de identidade do indivíduo, a superlotação dos presídios, a pane nos aeroportos, a falta de credibilidade do legislativo e as trapalhadas de uma república de bananas, só para citar algumas situações nas quais tem sido aplicada recentemente. Porém, mas não por acaso, é na área da economia que o significado da palavra crise vive em inflação permanente.

Usada exaustivamente para justificar qualquer oscilação econômica um pouco fora do comum, a idéia de crise provoca uma ansiedade no mercado que é sempre melhor aproveitada pelos especuladores profissionais - acostumados a fazer uma leitura à chinesa das circunstâncias. No nosso caso, como se não bastasse ter escolhido uma profissão em que a sobrevivência depende da habilidade de surfar na pororoca, de um tempo pra cá, temos que encarar também essas big waves globalizadas.

Dessa vez, no mercado brasileiro de propaganda, as primeiras marolas da turbulência global atingiram nossas praias mais ou menos no meio de outubro do ano passado. E as demisões da DM9DDB e da McCann Erickson, foram apenas a primeira bateria da temporada. De lá para cá, houve uma alternância jamais vista, tanto nos índices como no humor das notícias veiculadas na imprensa especializada. Numa semana se desenhavam cenários sombrios para um setor e na próxima resultados animadores para outro. Felizmente, nesse mar picado em que tudo podia acontecer, não aconteceu grande coisa.

Na esfera global, o episódio Michael Jackson mostrou que, na era do espetáculo, o Dow Jones está cada vez mais em baixa. A notícia da morte do ídolo varreu os sete mares como um tsunami midiático, dando um merecido caldo no tedioso obituário do capitalismo. De volta à tona a economia vai aos poucos reassumindo a sua usual postura de geradora de segurança e promotora da felicidade.

Localmente, a oferta de pepinos e abacaxis manteve-se em ligeira alta por conta da natural desorientação do momento. Fora isso, a crise deve ter funcionado apenas como a desculpa perfeita para o departamento financeiro cortar ainda mais as inscrições nos festivais, bem como para justificar aquelas decisões difíceis e as tradicionais sacanagens, sem as quais o mundo empresarial não vive.

Quanto a outra leitura do ideograma, a maioria talvez ainda não tenha se dado conta de que a grande oportunidade, afinal, foi a de não ter acreditato tanto na crise. Sorte de quem aproveitou.

Vamos remando.

Enchendo linguística

Sem querer gerar mais polêmica do que a dimensão do assunto merece, fiz um pequeno exercício imaginando como seria se a nova proposta de lei, apresentada pelo governo do Paraná, que determina a tradução de palavras estrangeiras nos materiais publicitários, fosse estentida às razões sociais das empresas de comunicação e ao vocabulário da publicidade.

Vejam como ficariam as novas marcas, numa tradução livre:

A Heads, obviamente, deveria ser chamada Cabeças.

A Master, de Mestre ou Professor.

OpusMúltipla, de ObraMúltipla.

A Bronx, não sei… Cristo Rei ficaria muito estranho, não é? Talvez nesse caso ficasse
melhor um complemento tipo: Bronx – Distrito de Nova Iorgue.

A Getz vai se daria bem, poderia, acertadamente, alegar intraduzibilidade.

Da mesma forma, a Blu que não é Blue de azul, e sim Blu de não sei o que, ficaria como está.

Finalmente, a Exclam passaria a ser Exclamação e ponto final, quer dizer, ponto de exclamação.

E as empresas de Design ou melhor de Desenho também teriam os seus brands, desculpe, as suas marcas, sensivelmente atingidas por essa determinação.

A Art Office, por exemplo, se tornaria Escritório de Desenho. Mudança que certamente ocasionaria estranhos diálogos do tipo:
“Onde você trabalha?”, pergunta o rapaz.
“No Escritório de Desenho”, responde a garota.
“Sei, e como se chama o escritório?”, insiste o rapaz.
“Escritório de Desenho”, repete a garota.
“Ah!”

E a Brainbox - ex Zeh Design - então! Iria ficar parecendo título de thriller* de Stephen King ou matéria de capa da Superinteressante: Caixa de Cérebros.
*romance ou filme de suspense

É claro que a lista não acaba por aqui, quem estiver sem job e quiser continuar pode ficar à vontade.

No entanto, mais prejudicados pela nova ordem linguística paranaense seriam aqueles que encontraram na palavra Freelancer um amparo, pelo menos moral, que conferia certa dignidade à condição de excluídos da estrutura formal do mercado.

A partir da nova lei, quem estivesse vivendo o seu período sabático compulsório, e não quisesse ser chamado legalmente de biscateiro ou desempregado, teria que encontrar novas designações para a sua situação profissional tais como: redator independente, fornecedor individual de conteúdo criativo, diretor de arte passageiro, empreendedor temporário, provedor autônomo de idéias. E assim vai.

We all live in yellow submarine, yellow submarine...

O designer gráfico Heinz Edelmann, conhecido por seu trabalho no filme dos Beatles "Yellow Submarine" (1968), morreu aos 75 anos, informou a Academia de Arte e Design.

34º Anuário do CCPR. Menos do mesmo.

Apesar de ter apenas um pouco mais da metade das inscrições do ano passado, foram selecionados mais ou menos o mesmo número de trabalhos do anuário anterior, em torno de 260.

Por isso na estante, apesar de marcado pela crise, ele não vai destoar.

Mais do mesmo

As agências com maior número de finalistas no 34o Anuário foram:
AlmapBBDO (70), DM9DDB (54), F/Nazca S&S (44), Leo Burnett (27) e JWT (26).



Confira os ouros.

Os 13 premiados com Ouros no 34º Anuário do CCSP foram:

Campanha Integrada
Título: Quem Foi o Melhor?
Agência: JWT
Anunciante: Coca-Cola
Redação: Mario D'Andrea e Rondon Fernandes
Direção de Arte: Roberto Fernandez e Lucio Regner
Direção de Criação: Mario D'Andrea e Roberto Fernandez

TV e Cinema
Título: Portas
Agência: Lew'Lara\TBWA
Anunciante: Banco Real
Criação: Roberto Kilciauskas e Pedro Rosa
Direção de Criação: Jaques Lewkowicz, André Laurentino, Manir Fadel, Luciano Lincoln e Braulio Kuwabara

Direção/TV - Categoria Técnica
Título: Barba
Direção: Pedro Becker
Produtora: Produtora Associados
Agência: F/Nazca S&S
Anunciante: PlayTV
Criação: Fabio Fernandes, Eduardo Lima, Marcelo Nogueira e Luciano Lincoln
Direção de Criação: Fabio Fernandes e Eduardo Lima

Direção de Arte/TV - Categoria Técnica
Título: Repressão
Direção: Pedro Becker
Produtora: Produtora Associados
Agência: AlmapBBDO
Anunciante: O Boticário (institucional)
Criação: André Kassu, Renato Simões, Marcos Medeiros e Bruno Prosperi
Direção de Criação: Marcello Serpa, Luiz Sanches e Dulcidio Caldeira

Fotografia/TV - Categoria Técnica
Título: Frango
Direção: Caito Ortiz
Produtora: Pródigo Films
Agência: Leo Burnett
Anunciante: Warner Home Video
Criação: João Caetano Brasil e Alessandro Bernardo
Direção de Criação: Ruy Lindenberg

Montagem/TV - Categoria Técnica
Título: Sonho
Direção: Cláudio Borrelli
Produtora: Killers
Agência: JWT
Anunciante: Ford
Criação: Fabio Brandão e Theo Rocha
Direção de Criação: Mario D'Andrea, Fabio Brandão e Theo Rocha

Trilha/TV - Categoria Técnica
Título: Robô
Direção: Marlon Klug
Produtora: Corporação Fantástica
Agência: SantaClaraNitro
Anunciante: Shopping Eldorado
Criação: Fernando Campos, Fernando Calvache, Theo Rocha e Carlos André Eyer
Direção de Criação: SantaClaraNitro

Imprensa
Título: Caminhões sob medida (campanha)
Agência: AlmapBBDO
Anunciante: Volkswagen
Redação: Eduardo Andrietta
Direção de Arte: Ary Nogueira e Marcus Kawamura
Direção de Criação: Luiz Sanches e Dulcidio Caldeira

Fotografia/Imprensa - Categoria Técnica
Título: Caminhões sob medida (anúncio Cerveja)
Fotografia: Mario Daloia
Agência: AlmapBBDO
Anunciante: Volkswagen
Redação: Eduardo Andrietta
Direção de Arte: Ary Nogueira e Marcus Kawamura
Direção de Criação: Luiz Sanches e Dulcidio Caldeira

Rádio
Título: Imitador do Pelé 1 e 2
Agência: Lew'Lara\TBWA
Anunciante: Museu do Futebol
Criação: Toni Fernandes e Leo Claret
Direção de Criação: Jaques Lewkowicz, André Laurentino, Manir Fadel e Luciano Lincoln

Material Promocional
Título: Até onde vai sua criatividade
Agência: AlmapBBDO
Anunciante: Epa
Redação: André Godoi
Direção de Arte: André Gola
Direção de Criação: Luiz Sanches e Dulcidio Caldeira

Mídia Exterior/Ambiente
Título: Harry Potter
Agência: Leo Burnett
Anunciante: Warner Home Video
Redação: Michel Zveibil
Direção de Arte: Matheus Matsumoto
Direção de Criação: Ruy Lindenberg

Marketing Direto
Título: Toda imagem tem um som
Agência: DM9DDB
Anunciante: Saxsofuny
Redação: Otavio Schiavon
Direção de Arte: Gustavo Victorino
Direção de Criação: Sergio Valente, Rodolfo Sampaio, Julio Andery, Guilherme Jahara e Marcelo Reis

O cartunista e designer paranaense Rafa Camargo, do estúdio Mamute Design, é um dos vencedores do XVII SIDI – Salão Internacional de Desenho de Imprensa, que está sendo realizado em Porto Alegre.

Aumenta a marca

O cliente discutia com sua jovem esposa sobre o conceito apresentado horas antes pela equipe da agência.

Fazia tempo ele que não participava de uma reunião tão produtiva, se é que isso é possível. Sua dedicada agência já havia apresentado, durante o último mês, várias propostas. Todas implacavelmente detonadas por sua exigente companheira e consultora: princesa do marketing, sacerdotisa do planejamento e musa da comunicação.

O diálogo entre eles era intímo sem deixar de ser profissional, havia muito tempo que não ficavam assim conversandinho. A TV ao fundo, ligada sem ser assistida, iluminava o ambiente com sua luz patrocinada. Um murmúrio em inglês e uma sirene distante, faziam a trilha da noite urbana. A mulher sob essa luz ficava ainda mais bonita. Nem os sete quilos a mais, normais no oitavo mês de gravidez, tiravam a sua natural delicadeza. Ele a ouvia calado e atento. A sua inteligência, pensou, parecia ter atingido a maturidade. E lembrou com saudades algumas situações em que a sua intuição feminina alterara decisões que, com certeza, o teriam conduzido a bancarrota.

Como todo self-made man, reconhecer que o seu sucesso não era totalmente self-made não era muito fácil. Na verdade, isso até o incomodava um pouco. Racionalmete reconhecia: era puro machismo, mas assim que sentia, o que podia fazer? Para isso havia começado a fazer terapia, embora preferisse o tênis.

Tirando essas pequenas pendências existenciais, era um cliente perfeitamente normal: sovina, exigente e cabeça dura. Sua integridade, entretanto, estava acima da média. Tanto comercial como eticamente era um ótimo parceiro e, por isso mesmo, muito assediado pelas agências. No passado, seu rápido crescimento empresarial inflou naturalmente o seu ego, o que acabou gerando uma percepção não muito justa da sua competitiva personalidade.

Mas nada como o tempo para dar sentido aos fracassos e explicações para o sucesso. Um casamento falido, dois carros roubados, um sequestro relâmpago, alguns impostos atrasados e vários sócios superados. Foi assim, na prática, aprendendo a viver, a administrar e a planejar. Por exemplo, é claro que já havia marcado a data da cesariana para a esposa e evidentemente sabia o sexo da crianca. Já tinha até três nomes como finalistas para batizar o herdeiro.

A vida entretanto, reserva surpresas mesmo para os vencedores e a primeira contração veio no exato momento em que se dava conta do enorme ventre da sua mulher.
Manteve a calma, ou melhor, o controle, porque bem que estava nervoso. Deve ser alarme falso, pensou. Em todo caso percorreu mentalmente o caminho da maternidade, a essa hora a 20... 30 minutos, no máximo. Havia acabado de carregar o celular, não tinha com que se preocupar. Pelo menos até a segunda contração, duas horas depois.

Por via das dúvidas, ligou para o médico, que achou melhor levá–la ao hospital.
E lá se foi o casal, com um enxoval organizado às pressas, para a maternidade. Chegando lá, como as contrações continuavam, foi internada e nosso amigo cliente ficou como um pai comum roendo as unhas numa sala de espera. Tudo bem, pensou, ruim é o plano que não pode ser mudado, como dizia o seu professor de planejamento estratégico.

De repente, sem nenhuma explicação racional, as imagens da campanha apresentada pela agência naquela manhã começaram a invadir sua mente. A princípio sentiu-se um canalha, permitindo que assuntos tão mundanos maculassem um momento daqueles, depois reconheceu a sua total impotência com relação ao controle de seus pensamentos. Então simplesmente deixou entrar as imagens dos layouts, story boards, GRPs, conceitos, negociações, aquela parafernalha toda, afinal aquele esforço não deixava de ser uma espécie de filho para ele.
Particularmente, os anúncios tinham ficado sensacionais. Meio Archive, segundo o pessoal de criação, mais alguma coisa neles ainda o incomodava. E era essa imagem que ocupava sua mente, quando o médico chamou-o e o conduziu a um corredor - uma espécie de ante sala do centro cirúrgico - e indicou uma janela através da qual podia enxergar o seu filhote sendo cuidado por uma enfermeira.

Imediadamente reconheceu a marca de nascença nas costas, como a sua. Ficou profundamente tocado. Não pode evitar o pensamento e a fala saiu emocionada: será que não dá pra aumentar a marca?

Só mais um tipo de violência contra a mulher.

Desde 1975, Ano Internacional da Mulher, que o dia 8 de março passou a ser designado oficialmente pela ONU como Dia Internacional da Mulher. Embora muito antes já tenha sido celebrado em lugares, datas e situações muito diferentes. Veja a história.

Atualmente, a data já assegurou o seu lugar no calendário político e institucional de quase todo o planeta e tem apoio oficial de governos e movimentos independentes. Da mesma forma, as corporações há algum tempo veem a data como uma grande oportunidade de falar com o público feminino, fundamental para a movimentação da economia e para a construção das suas marcas. Além de possuirem a fama de consumidoras obstinadas.

Mas olhando com atenção para essas pequenas e grandes ações de marketing, percebemos que podem ser tão reveladoras sobre a condição feminina quando os relatórios demográficos e as análises sociológicas, muitas vezes revestidos de vícios acadêmicos e deformações ideológicas.

A maneira como as marcas se dirigem à mulher, mostra como ela é vista aos olhos do marketing e da sociedade de consumo – que nunca foi capaz de dissimular o seu propósito exclusivamente mercantil, sempre acima de qualquer outro. Por isso a rosa vermelha, ofertada pelo restaurante por quilo a cada freguesa, ainda traz mais sinceridade do que as grandes ações que insistem num tratamento que subestima a inteligência e diminui o papel da mulher.

Talvez seja exagero taxar mensagens publicitárias ruins e estratégias promocionais equivocadas de violência. Até porque elas só refletem um dado da realidade, ninguém parece se incomodar muito em ser tratado como criança, objeto ou dependente. Mas afinal, alguém sabe em que momento começa a violência?

Quem precisa de títulos?

A The Martin Agency de Richmond, Virgínia - que faz parte do Interpublic Group. Fez um acordo muito estranho para incentivar a recolocação dos seus funcionários vítimas do passaralho que, num razante nos escritórios de Richmond e Nova York, ceifou 24 cabeçinhas.

Segundo a matéria do AdAge divulgada pelo M&M, “a agência que tem como maior cliente o Walmart, alega que houve queda na projeção de investimentos dos anunciantes informadas nas últimas seis a oito semanas.”

Pelo que entendi o acordo é o seguinte: quando cada um desses funcionários demitidos conseguir um novo emprego a Martin pagará a metade do seu primeiro salário.

O titulo do comunicado é bom, “Martin Agency: We'll Pay You to Hire Talent We Laid Off.” Mas um bom título não atenua a sacanagem. Afinal, segundo a máteria, 2008 foi o ano de melhor desempenho da história da agência.

Ideias que funcionam.

Peço licença para emprestar o tagline da OpusMultipla, mas é para uma boa causa.

Há 25 anos, estreava o filme 1894 da Apple e que, ainda hoje, é considerado como o maior filme publicitário de todos os tempos. Exagerada ou não, a classificação confere ao comercial a sua real importância e o insere em todos os halls of fame da comunidade da propaganda.

A ficha técnica.

O filme, estreou dia 22 de janeiro, no intervalo da transmissão do Super Bowl, a maior audiência da TV americana. A agência da Apple era a Chiat/Day. O roteiro foi criado por Steve Hayden e Lee Clow, custou US$1,5 milhão, foi dirigido por Ridley Scott e aprovado por Steve Jobs.

A idéia.

O roteiro se baseia na sociedade oprimida descrita no romance 1984 de George Orwell. Um regime autoritário em que a tecnologia e as máquinas estão a serviço do Big Brother. A história do comercial narra uma atitude revolucionária, vivida por uma loura em trajes de maratonista, que vai contra tudo isso. Fechando o filme, a assinatura faz o link entre o lançamento do Macintosth e a referência profética de Orwell: Em 24 de janeiro a Apple vai lançar o Macintosh. E você vai ver porque 1984 não será com “1984”.
Se você não viu ainda clique aqui, se você que rever clique aqui.

A repercusão.

Com apenas essa inserção, o comercial “1984” obteve milhões de dólares em mídia espontânea por todo o mundo. Além de posicionar a marca Apple como uma empresa revolucionária e inovadora - posicionamento que mantém, coerentemente, até hoje.

A lição.

Reduzir todo esse case espetacular a apenas uma ideia é exagero. Porque, na verdade, são várias boas ideias. Por exemplo, exigir Ridley Scott dirigindo já é uma grande idéia. Veicular no Super Bowl é outra, por sinal, cara pra cacete. Lançar o Macintosh depois do barulho do comercial, é uma terceira idéia, que deve ter envolvido distribuição e logística.

Por outo lado, tudo começa com uma grande idéia. E, acredito, uma das medidas de uma ação brilhante não é apenas o seu charme criativo, mas também a sua capacidade de comportar estratégias, informações e posicionamentos sem deixar de ser ideia.

Acho que essa é a ideia. E tem funcionado.

Quarta-feira: expediente normal após às 12h.

Mesmo antes das Olimpíadas, a cultura milenar chinesa já era bem difundida no ocidente e após os jogos, então, nem se fala. Tanto é que até o ano novo chinês que caiu no dia 26 de janeiro, foi noticiado com destaque na mídia e as suas comemorações registradas pelas primeiras equipes de reportagem dos veículos.

Da mesma forma que os calendários de todas as culturas, o chinês tem origem nos ciclos da natureza, no caso o do sol e da lua, ajustados aos hábitos e a ciência de cada civilização. Por isso, a data do seu ano novo é variável e não coincide como o 31 de dezembro ocidental.

A tese é antiga e na vida real faz tempo que é praticada, mas será que não é hora de adotarmos oficialmente o Carnaval como a virada de ano brasileira. Tudo bem que a nossa tímida civilização, modestamente centenária, não tenha o mesmo peso dos milênios orientais e talvez nem sobreviva aos séculos. Mas um dia teremos que assumir nossas idiossincrasias culturais perante a grande aldeia para, de alguma forma, posicionarmos a marca Brasil no mercado da cultura globalizada.

Pode parecer um tanto bizarro aos olhos dos que sonham com uma europa tropical, mas é, no mínimo, coerente e tem bases históricas e fundamentos sociológicos muito mais consistentes que o horário de verão, por exemplo. Afinal, a sua origem tem a ver com as festividades que antecedem o início da Quaresma nos paises cristãos.

De qualquer forma, na quarta-feira de cinzas depois do almoço é que ano começa de fato para nossa civilização multimarca.

Que, nessa edição, ele seja bom para a maioria que merece.

Para quem você deveria enviar o seu portifólio.

O jornal O Estado de São Paulo divulgou ontem, dia 16 os nomes dos dez jurados brasileiros em Cannes. Anote aí.

Cyber Lions - Eco Moliterno (VP de criação da Wunderman)


• Design Lions - Luciano Deos (sócio e diretor de criação do GAD Branding & Design

Direct Lions - Rui Piranda (diretor de criação da Giovanni+DraftFCB)

Film Lions - Sophie Schoenburg (redatora da AlmapBBDO)

Media Lions - Gleidys Salvanha (diretora de mídia da W/)
Promo Lions - Marcelo Heidrich (presidente da Ponto de Criação)

Outdoor Lions - Alexandre Peralta (sócio e diretor de criação da PeraltaStrawberryFrog)



• PR Lions - João Rodarte (diretor da CDN)

Press Lions - Leo Macias (diretor de criação da Talent)

Radio Lions - André Faria (diretor de criação da F/Nazca)

Titanium e Integrated Lions - não tem representante

Sexta-feira 13, a lua deve estar se enchendo de ficar na casa de libra.

Júpiter em aquário, à direita de que vem e à esquerda de quem vai.
Com essas configurações astrais, não é prudente apresentar ideias que não sejam simples e banais.
Nem é um bom período para trocadilhos, ainda que originais.
Por outro lado, em seu recolhimento, a lua favorece as saídas genias.
Por sorte, o dia do azar cai numa sexta-feira, que é sempre véspera da paz.
E o sol nos sugere que hoje, sair um pouco mais cedo, não é nada demais.
Na certa, encontraremos algum japonês que nos ensine os seus hai-kais.

Para aceitar continue na linha.

Deu no m&m online que as conexões de telefonia móvel ultrapassam 4 bilhões. Esse número absurdo consta de uma pesquisa divulgada pela GSMA, uma entidade que representa “the interests of the worldwide mobile communications industry”. E que analisa essas coisas que são ainda mais relevantes do que parecem, pois definem o nosso destino como simples componentes integrados à indústria de tecnologia.

Segundo as previsões dos senhores do futuro, em 2013, o número de celulares vai chegar a 6 bilhões de aparelhos. Atualmente, por volta 100 milhões de conexões móveis são via banda larga e apenas 1milhão e 700mil estão no Brasil.

Esse estudo será detalhado, segundo a nota, durante a Mobile World Congress, que começa na semana que vem em Barcelona.

Imensas oportunidades, extraordinários benefícios e incríveis transformações, nos esperam e estarão detalhados na nossa conta de celular. Nada contra, só temos que ficar muito atentos para não sermos conectados de laranja em uma aventura que traga mais encrencas do que vantagens.

Por exemplo, 6 bilhões de baterias espalhadas pelo planeta devem fazer um estrago razoável. Sem contar com o aumento dos efeitos colaterais que a expansão da comunicação móvel trouxe com ela, como as clonagens, roubos e os sistemas de comunicação do crime organizado.

Por outro lado, embora pareça ingênuo, é sempre bom sonhar com o “mundo melhor” prometido a cada grande salto ou novidade tecnológica, acho que é assim que a gente aprendeu a caminhar. Incorrigíveis trapalhões sempre tentando conciliar os interesses de acionistas aos da humanidade e se possível aos nossos próprios.

A diretoria não joga dados com o universo.

Na prática, muitas vezes, o consumo percorre caminhos um tanto incomuns. E embora se investigue com bastante atenção todos os processos que regem as decisões de compra, ainda assim existe bastante espaço para o inesperado. Por esta razão, a sorte ou a falta dela terão sempre um lugar garantido na literatura do marketing e na construção dos cases memoráveis e dos fracassos exemplares.

E uma vez ocorrida a zebra, como num passe de mágica, a ação passa da esfera sombria do imprevisível para as luzes deslumbrantes do raciocínio estratégico, que reúne toda justificativa teórica para explicá-la - quem já passou pela inesquecível experiência de escrever um case sabe como funciona.

Nem é preciso dizer que a competência e a ousadia dos planejadores sempre serão destacadas como fator determinante para o sucesso. Porque no mundo narcisista dos negócios, talento e inteligência devem sempre reinar soberanos sobre a sorte e o acaso, fenomenos regidos por forças superadas e fora de moda como deuses e natureza.

E, por uma simples questão de coerência sistemica, para explicar os fracassos é preciso também reunir alguns dados sobre a incompetência o que, convenhamos, é muito mais fácil.

A criação nos tempos da crise

Não vamos discutir o sexo da crise, nem tão pouco se ela existe como evento econômico real ou se é mais uma conspiração dos donos do mundo. Quem sabe seja a danada apenas o resultado das molecagens financeiras convenientemente referendadas pelos palhaços globais. Entretanto, especulações só pioram as coisas, até porque numa área em que tantos experts falharam, quem somos nós para ousar uma explicação?

Mas, tal qual os duendes, você não precisa acreditar, mas que eles existem, existem.

McCann, DM9 e Eugênio dispensaram antes do final do ano passado. E, apesar de serem agências importantes, as suas demissões não devem ser vistas como um indicativo de baixo astral à vista. Porém, mais do que o ajuste inevitável a um novo desenho econômico, o que devemos temer, enquanto profissionais de criação, são as coisas malucas que se farão em nome da crise.

Por isso, além de não contrair dívidas de longo prazo, é prudente iniciar alguma atividade que promova o equilíbrio e expanda a nossa tolerância emocional, como Ioga, Tai Chi Chuan ou reuniões da Amway. Além disso, não vá trabalhar sem o tradicional raminho de arruda e um protetor bucal daqueles de boxe ou artes marciais.

E, já que vamos levar porrada, se soubermos em que parte seremos mais golpeados pode ser que doa menos.

Cinco dicas para criar na crise:

- Se em tempos de demanda reprimida o cliente já pedia para aumentar a marca, agora é recomendado reservar pelo menos um quarto do espaço disponível para a assinatura. Isso não vai impedir que a solicitação não ocorra, mas pelo menos você ainda terá três quartos do seu espaço para fazer média com o freguês.

- Mesmo com as circulares da administração, solicitando o uso racional do Xerox, você vai ter que dobrar o número de opções apresentadas. As melhores, tal como nos bons tempos, continuarão indo para o lixo. Em compensação, pense bem antes de rasgar as mais fraquinhas. Agora, além de ter mais chance de aprovação, o seu aproveitamento vai contribuir para manter o bom relacionamento com o administrativo.

- Os briefings estabelecerão índices olímpicos para os seus objetivos e verbas franciscanas para sua realização. Expressões como “desafio”, “oportunidade”, “grande chance”, “bom trabalho”, estarão cada vez mais presentes para nos motivar nesse momento difícil. Todas seguidas de triplos pontos de exclamação. E, para finalizar, a sincera expressão de comprometimento e solidariedade: “Qualquer dúvida estou à disposição.” Infelizmente, as informações básicas terão que ser levantadas e/ou adivinhadas pela criação.

- Ainda assim, nunca desista da ideia, porque mesmo na crise nem todo mundo fica burro. E boas ideias sempre fazem bem para quem as têm e, invariavelmente, dão resultado para quem as aproveita. Desnecessário explicar como isso é vital em dias cinzentos.

- E, se apesar de grampear o tapete sob sua cadeira, você tomar um pé na bunda, siga em frente. Arrume a pasta, matricule-se num curso de inglês, tome um porre, faça uns frilas, conheça umas minas. O mundo sempre vai precisar de profissionais de criação. Outro dia, um redator de uma conhecida agência paulistana me confessou: “Sabe que quase todas as agências em que trabalhei não existem mais.” Confesso que não entendi bem o que ele quis dizer com isso, mas na hora fez o maior sentido.

Phelps também é bom de bola

Hoje em dia, que mal poderia existir no fato de um carinha de 23 anos dar uma bola eventual numa festa na Universidade da Carolina do Sul?

Bom, se não envolvesse a imagem de marcas como Kellogg, Subway, AT&Te Hilton, seria apenas mais uma passagem de juventude para ser lembrada nos tempos da velhice. Passagem, aliás, muitíssimo menor do que as 8 medalhas conquistadas, há alguns meses, em Pequim ou as 6 em Atenas, em 2004

Mas, usando um vocabulário mais apropriado à situação, a parada sujou quando o jornal britânico News of the World publicou em sua capa a foto do campeão Olímpico, literalmente, com a boca na botija. Depois do incidente é claro que o rapaz se retratou no melhor estilo bom moço arrependido. E, no fim, as marcas conservadoras ainda tiveram uma exposição extra.

Como demonstrou o epsódio, tudo é uma questão da perfeita interação entre o comportamento do patrocinado e posicionamento do patrocinador. Um aspecto simples nas cláusulas do contrato, mas fora de controle na vida real. Se o campeão tivesse contrato com a Harley-Davidson, Fender ou MTV – talvez o paparazzi de plantão nem tivesse perdido seu tempo numa foto tão sem graça.

Mais crianças na publicidade

Começou a veicular o comercial "Bebê gigante", que faz parte de campanha "O que importa para você", criada pela JWT Curitiba para o HSBC. O filme, estréia no intervalo do programa "Big Brother Brasil 9", da Rede Globo.

O roteiro, criado para o crédito imobiliário do HSBC, apresenta um jovem casal que enxerga sua casa pequena com a chegada do filho.

O Conar não está para brincadeira

Ainda esses dias, o Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária, o Conar, determinou a suspenção imediata de cinco comerciais dirigidos diretamente ao público infanto juvenil. Segundo o M&M online.

Nickelodeon, Mattel e Tim foram notificados.

De acordo com a decisão do Conar, os comerciais autuados - não sei se é uma boa palavra -, não poderão ser veiculados até um parecer final do Conselho de Ética do Conar, que deve acontecer em março.

Como sempre, não faltaram justificativas para a decisão. O fato é que devemos ficar atentos para que a saudável aplicação das normas de auto-regulamentação não se transformem em um instrumento de censura à liberdade de expressão.

Dedicação total ao e-commerce

Todo mundo se perguntava por que a Casas Bahia ainda não tinha o seu portal na internet? Um canal de relacionamento comercial que, pelo menos no caso do Brasil, pode não representar lá muita coisa volume no varejão mas que também não dá para ficar de fora. Bem, agora a pergunta deve ser reformulada para: por que só agora, dia 02 de fevereiro, a Casas Bahia entrou no forró eletrônico? Afinal, como diz o refrão, quem tá fora quer entrar, mas quem tá dentro não sai.

Segundo o Meio & Mensagem, a rede vai investir em banners nos grandes portais e contará com ferramentas do Google por meio de um canal no YouTube, links patrocinados e busca orgânica para garantir tráfego.

Vamos ver se o cangacerinho fica bem na tela dos computadores, cada vez mais presentes nos lares do povão.

É hora do lanche que hora tão feliz. Queremos Biscoitos São Luiz.

Mesmo quem não cresceu naquela época, já ouviu a musiquinha dos Biscoitos São Luiz. Era a trilha musical de um comercial que vendia a Lancheira São Luiz, que nada mais era que uma caixa de bolacha com alça, mas fazia muito sucesso. E quem diria que algumas décadas depois as companhias de alimentos tivessem que rever radicalmente suas estratégias comerciais focadas no público infantil?

Recentemente, a Nestlé começou a divulgar a sua nova política de comunicação para a publicidade infantil, resultado do protocolo EU-Pledge, firmado entre as maiores marcas de alimentação do mercado em dezembro de 2007, em Bruxelas e que passou a vigorar após 31 de dezembro de 2008.

Segundo o release (download) da EU-Pledge, divulgado imediatamente após assinatura do compromisso “o movimento segue os recentes apelos da Comunidade Européia feitos às Companhias de Alimentos para auxiliarem os pais na escolha de um estilo de vida e alimentação adequados às crianças.”

Assinaram o acordo: Burger King, Coca-Cola, Danone, Ferrero, General Mills, Kellogg, Kraft, Mars, Nestlé, PepsiCo and Unilever.

A participação e o envolvimento das companhias é voluntário e cada uma tem as suas próprias comissões para tratarem da questão. No entanto, se comprometem a seguir duas promessas básicas:

1 - Não fazer propaganda para crianças com menos de 12 anos, na TV, impressa ou internet, exceto para produtos que tenham suas qualidades nutricionais baseadas em evidências científicas comprovadas e/ou aplicadas em orientação nutricional, nacional e internacionalmente.

2 - Não fazer ações promocionais em escolas, salvo quando houver solicitação da administração ou quando se tratar de atividade com propósito educacional.

Pergunta ingênua de quem já ganhou uma Lancheira São Luiz no programa Pullman Jr.
Não seria mais fácil, lógico e ético fabricar produtos mais saudáveis?

Ponto para o Design

Ontem, dia 28, durante a cerimônia de entrega do Prêmio Colunistas Paraná, Marcio Ehrlich anunciou uma novidade que vai de encontro às aspiracões de todos os designers do mercado: a criação de uma premiação específica para design dentro do Prêmio Colunistas. Até hoje, os trabalhos dessa categoria eram inscritos no Colunistas Promoção, ao lado de ações e cases promocionais. A mudança mostra que a importância que essa ferramenta possui no composto de marketing, começa a ser destacada também pela mais tradicional premiação do mercado.

Orkut, jogos e downloads continuam sendo as palavras mágicas.

Google Zeitgeist é o report anual do Google que registra as principais palavras procuradas pelos usuários da internet em todas as partes do planeta. As palavras mais buscadas são indicativos importantes dos interesses das pessoas que navegam na rede.

Curiosamante, apesar de 2008 ter sido ano de Olimpíadas e eleições, esses termos não figuraram entre as dez mais buscadas no Brasil.

Por isso mesmo é interessante dar uma passeada pelas páginas do Google Zeitgeist para analisar as preferências e as diferenças da nossa aldeia global. Conectada, simultaneamente, ao planeta e a comunidade local.

Por exemplo, na Argentina quando se trata da popularidade dos times de futebol não dá zebra: Boca e River figuram no topo da lista, enquanto que no Brasil o Flamengo nem aparece entre os dez e o Corinthians só aparece em 9º, na zona de rebaixamento.

Não deixa de ser engraçado também constatar que a Itália incluiu da palavra “dieta” no cardápio das 10 mais citadas. Talvez para compensar esse pequeno acidente, o seu relatório destaca as 10 receitas mais buscadas pelos incorrigíveis mangiatori.

Já a Espanha preferiu classificar a popularidade os seus minístros. Mas nos esportes o seu ranking coincide com o da ATP, registrando Rafael Nadal no primeiro lugar.

Na Alemanha Britney Spears vence Obama e coloca o Coringa, Heath Ledger, numa posição de mero coadjulvante. Em compensacão Barak Obama bate Toni Blair em popularidade em pleno território de Sua Majestade.

Já o Canadá continua ligado nas suas grandes alterações climáticas, a palavra “weather” figura na quarta colocação à frente de Google, Hotmail e Canadá. Preocupação dividida com seus vizinhos dos Estados Unidos, onde o furacão Ike apareceu na quinta colocação no Google News.

Finalmente na India, tal como no Brasil, só deu Orkut na liderança. E os dois países prestigiaram as suas musas locais: Juliana Paes e Katrina Kaif, repectivamente.

Veja as 10 palavras mais buscadas no Brasil

1. Orkut
2. Jogos
3. Download
4. Fotos
5. Youtube
6. Vídeos
7. Músicas
8. Música
9. Msn
10. Globo

De Woodstock a Campus Party

No final dos anos sessenta, quase meio milhão de jovens cabeludos passaram três dias numa fazenda no estado de Nova York fumando maconha, trepando e curtindo um som. Quarenta anos depois, alguns milhares de jovens levaram seus computadores para trocar experiências e participar de atividades relacionadas a tecnologia, a cultura digital e ao entretenimento em rede num grande centro de exposições em São Paulo.

É claro que os jovens que acamparam nos pavilhões oficiais da Campus Party, representam muito menos ameaça ao sistema do que aqueles chafurdaram nas lamas lisérgicas de Woodstock - a maioria sem pagar ingresso. Porém sempre que cabeças com menos de 30 anos se reunem tudo pode acontecer, mesmo num evento formalíssimo do calendário promocional.

Gurus interessantes não faltaram ao evento como Tim Berners-Lee, o criador da World Wide Web, John “Maddog” Hall, da Linux e outros frequentadores dos sleeping bags dos anos 70. Vamos torcer para que as cabecinhas tenham de alguma forma se espandido. A impressão que fica é que falta, hoje em dia, muito rock’n roll para integrar toda essa tecnologia à experiência corporal da qual somos a única espécie consciente. Mas isso já é saudosismo barato.

Pode alguém gostar de cinema e Oscar ao mesmo tempo?

É claro que pode. E quanto mais artificial, brega e previsível melhor. Afinal, foi com o cinema que nós publicitários aprendemos a usar as premiacões como ferramentas de promoção indústria da propaganda, vejam Cannes, por exemplo.

Por isso, qualidade e merecimento não são condições suficientes nem mesmo necessárias para garantir uma estatueta, aliás é até esperado que ocorram pequenas injustiças. E, cá entre nós, nenhuma interpretacão é melhor do que aquela que finge surpresa ou decepção após o solene anúncio do vencedor da categoria.

Confira no link os indicados ao Oscar 2009.

Quem perde com a crise?

Boa pergunta. Arriscando uma resposta pra lá de sem vergonha, faz sentido supor que os mais prejudicados sejam todos aqueles que nada tem a ver com as causas do imbrolio. Comumente quem paga é o cidadão comum, esse agente social cuja única função na economia é produzir em prejuízo próprio. Dessa vez não deve ser diferente.

Mas se toda perda é sempre dolorida e até humilhante - como no caso da perda do emprego -, a conjuntura de crise fornece também as melhores justificativas e desculpas para quase todas as iniciativas humanas. Sejam elas sensatas ou impensadas, covardes ou agressivas, práticas ou inconsequentes. Pode-se agir em seu nome ou fingir-se de morto que está valendo.

Os mesmos que hoje sugerem cautela, a pouco aconselhavam ousadia. E isso não põe em questão a autenticidade dos seus diplomas ou a integridade de seus caráteres. É a circunstância que transforma, do dia para noite, gurus em charlatães e experts em trapalhões.

Entre juros e juras caminhamos desconfiados pelas estradas nebulosas do século XXI. De alguma forma todos perdemos um pouco: de dinheiro, de esperança e oportunidades. Sobretudo perdemos muito tempo tentando uma explicação diferente para o óbvio.

Quem ganha com a crise?

Teorias de conspirações constumam ser, na maioria das vezes, mais “Teorias Com Pirações” do que outra coisa. Por outro lado, essas excêntricas hipóteses são também irresistivelmente atraentes - talvez por mexerem com o lado mais ousado da nossa imaginação ou com a necessidade quase orgânica que possuímos de enquadrar o universo dentro de sistema que faça mais sentido do que a própria realidade.

No oceano de informação em que vivemos, sacudidos pelas ondas de todas as vias mediáticas, tentamos apenas não nos afogar no mar de mensagens industrialmente processadas. Por isso, de vez em quando, uma teoriazinha de conspiração funciona até como uma trégua criativa para a nossa cabeça hiperestimulada.

Assim fica difícil não especular conspirativamente, ainda que sem nenhuma base científica ou rigor metodológico - se é que isso faz diferença nessa área -, sobre o que está acontecendo atualmente no planeta, ou para ser mais específico, no seu deteriorado campo político-economico.

Ingredientes apropriados para compor uma “conspiracy theory” bem consistente não faltam. Afinal culpar apenas o caloteiro médio americano por todas as agruras do mundo é como atribuir o descobrimento do Brasil às calmarias da costa africana. Além do mais, depois de meses de crise, com toda a sofisticação tecnologica que interliga todos os mercados do planeta, ainda não sabemos sequer o tamanho do buraco financeiro, mas isso já é teorizar a respeito.

No mínimo é um bom exercício de criatividade e que pode até render uma grana se, por exemplo, o autor conseguir determinar o rumo que barco vai tomar. Quem sabe numa área na qual tantos economistas erraram feio, alguém habituado a usar o pensamento criativo não se dê bem? E o melhor começo para se desenvolver uma boa teoria da conspiração sobre o tema é a pergunta: quem ganha com essa crise? Quer arriscar?
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