Só mais um tipo de violência contra a mulher.

Desde 1975, Ano Internacional da Mulher, que o dia 8 de março passou a ser designado oficialmente pela ONU como Dia Internacional da Mulher. Embora muito antes já tenha sido celebrado em lugares, datas e situações muito diferentes. Veja a história.

Atualmente, a data já assegurou o seu lugar no calendário político e institucional de quase todo o planeta e tem apoio oficial de governos e movimentos independentes. Da mesma forma, as corporações há algum tempo veem a data como uma grande oportunidade de falar com o público feminino, fundamental para a movimentação da economia e para a construção das suas marcas. Além de possuirem a fama de consumidoras obstinadas.

Mas olhando com atenção para essas pequenas e grandes ações de marketing, percebemos que podem ser tão reveladoras sobre a condição feminina quando os relatórios demográficos e as análises sociológicas, muitas vezes revestidos de vícios acadêmicos e deformações ideológicas.

A maneira como as marcas se dirigem à mulher, mostra como ela é vista aos olhos do marketing e da sociedade de consumo – que nunca foi capaz de dissimular o seu propósito exclusivamente mercantil, sempre acima de qualquer outro. Por isso a rosa vermelha, ofertada pelo restaurante por quilo a cada freguesa, ainda traz mais sinceridade do que as grandes ações que insistem num tratamento que subestima a inteligência e diminui o papel da mulher.

Talvez seja exagero taxar mensagens publicitárias ruins e estratégias promocionais equivocadas de violência. Até porque elas só refletem um dado da realidade, ninguém parece se incomodar muito em ser tratado como criança, objeto ou dependente. Mas afinal, alguém sabe em que momento começa a violência?
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