Quem ganha com a crise?

Teorias de conspirações constumam ser, na maioria das vezes, mais “Teorias Com Pirações” do que outra coisa. Por outro lado, essas excêntricas hipóteses são também irresistivelmente atraentes - talvez por mexerem com o lado mais ousado da nossa imaginação ou com a necessidade quase orgânica que possuímos de enquadrar o universo dentro de sistema que faça mais sentido do que a própria realidade.

No oceano de informação em que vivemos, sacudidos pelas ondas de todas as vias mediáticas, tentamos apenas não nos afogar no mar de mensagens industrialmente processadas. Por isso, de vez em quando, uma teoriazinha de conspiração funciona até como uma trégua criativa para a nossa cabeça hiperestimulada.

Assim fica difícil não especular conspirativamente, ainda que sem nenhuma base científica ou rigor metodológico - se é que isso faz diferença nessa área -, sobre o que está acontecendo atualmente no planeta, ou para ser mais específico, no seu deteriorado campo político-economico.

Ingredientes apropriados para compor uma “conspiracy theory” bem consistente não faltam. Afinal culpar apenas o caloteiro médio americano por todas as agruras do mundo é como atribuir o descobrimento do Brasil às calmarias da costa africana. Além do mais, depois de meses de crise, com toda a sofisticação tecnologica que interliga todos os mercados do planeta, ainda não sabemos sequer o tamanho do buraco financeiro, mas isso já é teorizar a respeito.

No mínimo é um bom exercício de criatividade e que pode até render uma grana se, por exemplo, o autor conseguir determinar o rumo que barco vai tomar. Quem sabe numa área na qual tantos economistas erraram feio, alguém habituado a usar o pensamento criativo não se dê bem? E o melhor começo para se desenvolver uma boa teoria da conspiração sobre o tema é a pergunta: quem ganha com essa crise? Quer arriscar?
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