Mesmo antes das Olimpíadas, a cultura milenar chinesa já era bem difundida no ocidente e após os jogos, então, nem se fala. Tanto é que até o ano novo chinês que caiu no dia 26 de janeiro, foi noticiado com destaque na mídia e as suas comemorações registradas pelas primeiras equipes de reportagem dos veículos.
Da mesma forma que os calendários de todas as culturas, o chinês tem origem nos ciclos da natureza, no caso o do sol e da lua, ajustados aos hábitos e a ciência de cada civilização. Por isso, a data do seu ano novo é variável e não coincide como o 31 de dezembro ocidental.
A tese é antiga e na vida real faz tempo que é praticada, mas será que não é hora de adotarmos oficialmente o Carnaval como a virada de ano brasileira. Tudo bem que a nossa tímida civilização, modestamente centenária, não tenha o mesmo peso dos milênios orientais e talvez nem sobreviva aos séculos. Mas um dia teremos que assumir nossas idiossincrasias culturais perante a grande aldeia para, de alguma forma, posicionarmos a marca Brasil no mercado da cultura globalizada.
Pode parecer um tanto bizarro aos olhos dos que sonham com uma europa tropical, mas é, no mínimo, coerente e tem bases históricas e fundamentos sociológicos muito mais consistentes que o horário de verão, por exemplo. Afinal, a sua origem tem a ver com as festividades que antecedem o início da Quaresma nos paises cristãos.
De qualquer forma, na quarta-feira de cinzas depois do almoço é que ano começa de fato para nossa civilização multimarca.
Que, nessa edição, ele seja bom para a maioria que merece.