A sala de espelho não é mágica.

Segundo a mitologia, três tecelãs fiam os dias da nossa vida, um dos quais se torna, inevitavelmante, o último. Esse trio de mulheres sinistras era conhecido na Grécia antiga como as Moiras. E o comprimento do fio que elas atribuiam a cada um era decidido apenas por elas: nem mesmo Zeus, o fodão do Olímpo, podia interferir na decisão.

Hoje em dia, em função da demanda, para ceifar nossas cabeças na hora programada, provavelmente, as três trocaram seus velhos fusos por equipamentos alimentados por base de dados. E também, como qualquer mortal, devem ter acrescentado o iPod ao seu dia-a-dia. De qualquer forma, a sua atuação continua bem presente e suas decisões soberanas - exatamente como na antiguidade clássica.

Mas nem só o passado produziu figuras femininas poderosas. Até mesmo a nossa cultura, de superficialidade assumida, gerou personagens importantes para comandar o destino de nossas ações. A nossa divina necessidade de comunicação industrial, por exemplo, é comandada por três mulheres que, por trás da aparente docilidade, controlam implacavelmente o destino de todo esforço de comunicação. Chamam – se as trigêmeas: Pertinência, Relevância e Consistência.

Tentamos em vão interpretá-las como meras projeções das necessidades e desejos daqueles com quem procuramos nos comunicar. Sob esse aspecto, as três deveriam possuir exigências facilmente mostradas pelas pesquisas e reveladas nos focus groups. A sala de espelho, no entanto, não é mágica.

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