É hora do lanche que hora tão feliz. Queremos Biscoitos São Luiz.

Mesmo quem não cresceu naquela época, já ouviu a musiquinha dos Biscoitos São Luiz. Era a trilha musical de um comercial que vendia a Lancheira São Luiz, que nada mais era que uma caixa de bolacha com alça, mas fazia muito sucesso. E quem diria que algumas décadas depois as companhias de alimentos tivessem que rever radicalmente suas estratégias comerciais focadas no público infantil?

Recentemente, a Nestlé começou a divulgar a sua nova política de comunicação para a publicidade infantil, resultado do protocolo EU-Pledge, firmado entre as maiores marcas de alimentação do mercado em dezembro de 2007, em Bruxelas e que passou a vigorar após 31 de dezembro de 2008.

Segundo o release (download) da EU-Pledge, divulgado imediatamente após assinatura do compromisso “o movimento segue os recentes apelos da Comunidade Européia feitos às Companhias de Alimentos para auxiliarem os pais na escolha de um estilo de vida e alimentação adequados às crianças.”

Assinaram o acordo: Burger King, Coca-Cola, Danone, Ferrero, General Mills, Kellogg, Kraft, Mars, Nestlé, PepsiCo and Unilever.

A participação e o envolvimento das companhias é voluntário e cada uma tem as suas próprias comissões para tratarem da questão. No entanto, se comprometem a seguir duas promessas básicas:

1 - Não fazer propaganda para crianças com menos de 12 anos, na TV, impressa ou internet, exceto para produtos que tenham suas qualidades nutricionais baseadas em evidências científicas comprovadas e/ou aplicadas em orientação nutricional, nacional e internacionalmente.

2 - Não fazer ações promocionais em escolas, salvo quando houver solicitação da administração ou quando se tratar de atividade com propósito educacional.

Pergunta ingênua de quem já ganhou uma Lancheira São Luiz no programa Pullman Jr.
Não seria mais fácil, lógico e ético fabricar produtos mais saudáveis?

Ponto para o Design

Ontem, dia 28, durante a cerimônia de entrega do Prêmio Colunistas Paraná, Marcio Ehrlich anunciou uma novidade que vai de encontro às aspiracões de todos os designers do mercado: a criação de uma premiação específica para design dentro do Prêmio Colunistas. Até hoje, os trabalhos dessa categoria eram inscritos no Colunistas Promoção, ao lado de ações e cases promocionais. A mudança mostra que a importância que essa ferramenta possui no composto de marketing, começa a ser destacada também pela mais tradicional premiação do mercado.

Orkut, jogos e downloads continuam sendo as palavras mágicas.

Google Zeitgeist é o report anual do Google que registra as principais palavras procuradas pelos usuários da internet em todas as partes do planeta. As palavras mais buscadas são indicativos importantes dos interesses das pessoas que navegam na rede.

Curiosamante, apesar de 2008 ter sido ano de Olimpíadas e eleições, esses termos não figuraram entre as dez mais buscadas no Brasil.

Por isso mesmo é interessante dar uma passeada pelas páginas do Google Zeitgeist para analisar as preferências e as diferenças da nossa aldeia global. Conectada, simultaneamente, ao planeta e a comunidade local.

Por exemplo, na Argentina quando se trata da popularidade dos times de futebol não dá zebra: Boca e River figuram no topo da lista, enquanto que no Brasil o Flamengo nem aparece entre os dez e o Corinthians só aparece em 9º, na zona de rebaixamento.

Não deixa de ser engraçado também constatar que a Itália incluiu da palavra “dieta” no cardápio das 10 mais citadas. Talvez para compensar esse pequeno acidente, o seu relatório destaca as 10 receitas mais buscadas pelos incorrigíveis mangiatori.

Já a Espanha preferiu classificar a popularidade os seus minístros. Mas nos esportes o seu ranking coincide com o da ATP, registrando Rafael Nadal no primeiro lugar.

Na Alemanha Britney Spears vence Obama e coloca o Coringa, Heath Ledger, numa posição de mero coadjulvante. Em compensacão Barak Obama bate Toni Blair em popularidade em pleno território de Sua Majestade.

Já o Canadá continua ligado nas suas grandes alterações climáticas, a palavra “weather” figura na quarta colocação à frente de Google, Hotmail e Canadá. Preocupação dividida com seus vizinhos dos Estados Unidos, onde o furacão Ike apareceu na quinta colocação no Google News.

Finalmente na India, tal como no Brasil, só deu Orkut na liderança. E os dois países prestigiaram as suas musas locais: Juliana Paes e Katrina Kaif, repectivamente.

Veja as 10 palavras mais buscadas no Brasil

1. Orkut
2. Jogos
3. Download
4. Fotos
5. Youtube
6. Vídeos
7. Músicas
8. Música
9. Msn
10. Globo

De Woodstock a Campus Party

No final dos anos sessenta, quase meio milhão de jovens cabeludos passaram três dias numa fazenda no estado de Nova York fumando maconha, trepando e curtindo um som. Quarenta anos depois, alguns milhares de jovens levaram seus computadores para trocar experiências e participar de atividades relacionadas a tecnologia, a cultura digital e ao entretenimento em rede num grande centro de exposições em São Paulo.

É claro que os jovens que acamparam nos pavilhões oficiais da Campus Party, representam muito menos ameaça ao sistema do que aqueles chafurdaram nas lamas lisérgicas de Woodstock - a maioria sem pagar ingresso. Porém sempre que cabeças com menos de 30 anos se reunem tudo pode acontecer, mesmo num evento formalíssimo do calendário promocional.

Gurus interessantes não faltaram ao evento como Tim Berners-Lee, o criador da World Wide Web, John “Maddog” Hall, da Linux e outros frequentadores dos sleeping bags dos anos 70. Vamos torcer para que as cabecinhas tenham de alguma forma se espandido. A impressão que fica é que falta, hoje em dia, muito rock’n roll para integrar toda essa tecnologia à experiência corporal da qual somos a única espécie consciente. Mas isso já é saudosismo barato.

Pode alguém gostar de cinema e Oscar ao mesmo tempo?

É claro que pode. E quanto mais artificial, brega e previsível melhor. Afinal, foi com o cinema que nós publicitários aprendemos a usar as premiacões como ferramentas de promoção indústria da propaganda, vejam Cannes, por exemplo.

Por isso, qualidade e merecimento não são condições suficientes nem mesmo necessárias para garantir uma estatueta, aliás é até esperado que ocorram pequenas injustiças. E, cá entre nós, nenhuma interpretacão é melhor do que aquela que finge surpresa ou decepção após o solene anúncio do vencedor da categoria.

Confira no link os indicados ao Oscar 2009.

Quem perde com a crise?

Boa pergunta. Arriscando uma resposta pra lá de sem vergonha, faz sentido supor que os mais prejudicados sejam todos aqueles que nada tem a ver com as causas do imbrolio. Comumente quem paga é o cidadão comum, esse agente social cuja única função na economia é produzir em prejuízo próprio. Dessa vez não deve ser diferente.

Mas se toda perda é sempre dolorida e até humilhante - como no caso da perda do emprego -, a conjuntura de crise fornece também as melhores justificativas e desculpas para quase todas as iniciativas humanas. Sejam elas sensatas ou impensadas, covardes ou agressivas, práticas ou inconsequentes. Pode-se agir em seu nome ou fingir-se de morto que está valendo.

Os mesmos que hoje sugerem cautela, a pouco aconselhavam ousadia. E isso não põe em questão a autenticidade dos seus diplomas ou a integridade de seus caráteres. É a circunstância que transforma, do dia para noite, gurus em charlatães e experts em trapalhões.

Entre juros e juras caminhamos desconfiados pelas estradas nebulosas do século XXI. De alguma forma todos perdemos um pouco: de dinheiro, de esperança e oportunidades. Sobretudo perdemos muito tempo tentando uma explicação diferente para o óbvio.

Quem ganha com a crise?

Teorias de conspirações constumam ser, na maioria das vezes, mais “Teorias Com Pirações” do que outra coisa. Por outro lado, essas excêntricas hipóteses são também irresistivelmente atraentes - talvez por mexerem com o lado mais ousado da nossa imaginação ou com a necessidade quase orgânica que possuímos de enquadrar o universo dentro de sistema que faça mais sentido do que a própria realidade.

No oceano de informação em que vivemos, sacudidos pelas ondas de todas as vias mediáticas, tentamos apenas não nos afogar no mar de mensagens industrialmente processadas. Por isso, de vez em quando, uma teoriazinha de conspiração funciona até como uma trégua criativa para a nossa cabeça hiperestimulada.

Assim fica difícil não especular conspirativamente, ainda que sem nenhuma base científica ou rigor metodológico - se é que isso faz diferença nessa área -, sobre o que está acontecendo atualmente no planeta, ou para ser mais específico, no seu deteriorado campo político-economico.

Ingredientes apropriados para compor uma “conspiracy theory” bem consistente não faltam. Afinal culpar apenas o caloteiro médio americano por todas as agruras do mundo é como atribuir o descobrimento do Brasil às calmarias da costa africana. Além do mais, depois de meses de crise, com toda a sofisticação tecnologica que interliga todos os mercados do planeta, ainda não sabemos sequer o tamanho do buraco financeiro, mas isso já é teorizar a respeito.

No mínimo é um bom exercício de criatividade e que pode até render uma grana se, por exemplo, o autor conseguir determinar o rumo que barco vai tomar. Quem sabe numa área na qual tantos economistas erraram feio, alguém habituado a usar o pensamento criativo não se dê bem? E o melhor começo para se desenvolver uma boa teoria da conspiração sobre o tema é a pergunta: quem ganha com essa crise? Quer arriscar?
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