O fato é que
nesses dias de vacas magras e despesas gordas, além dos indiscutíveis ganhos afetivos,
o momento é muito bom para encontrar alguém com quem compartilhar o aluguel e
a louça a ser lavada. Sem contar os sonhos, que são muito melhores quando alimentados
juntos.
Foi-se o
tempo em que Francisco Alves, em outros carnavais, cantava o espírito de sua
época: “A vida de casado é boa, mas a vida de solteiro é melhor”. Hoje em dia, a proposta nesse hit dos anos
40, é uma das maiores roubadas em que se pode embarcar.
Pensando
bem, poucas vezes, na história mal contada desse país, a liberdade - principal
plataforma ideológica dos sozinhos – teve seu preço tão inflacionado. Pra
ficar só na esfera da sobrevivência: aluguel, condomínio, transportr, deliveries
em geral, tudo está pela hora da morte.
Por outro
lado, essa fase adversa oferece boas oportunidades para a constituição de famílias,
lares e uniões em vários formatos, tendências e orientações. Ampliando, cada
vez mais, todos esses conceitos. E que, além disso, podem ser alternativas economicamente saudáveis.
Mesmo assim,
do ponto de vista estritamente financeiro, alguns tipos de união parecem ser mais
atraentes. O gênero masculino, por exemplo, ainda é melhor remunerado que o
feminino, logo um par de mulheres teria então, em tese, uma renda menor.
Isso quer
dizer que, se o amor foi capaz de criar novas possibilidades de meiar a pizza e
a assinatura de TV, infelizmente ainda, os gêneros continuam sendo valorizados de
forma desigual.
Porém, antes de sair vitorioso do armário, considere
que segundo o Ibope
os homens tendem a gastar, em media 12 % a mais no supermercadodo que
as mulheres, 24% a mais em shoppings e, pasmem, 30% a mais na internet
De qualquer
forma, nesses tempos de crise, mais do que nunca, qualquer maneira de amor está
valendo muito mais a pena.