Para cada crônica que faço - embora minhas crônicas dêem uma impressão de facilidade -, é como se eu fosse obrigado a levantar um Jumbo.
Às vezes , tento ler um jornal, pra ver se aquele jornal me dá alguma ideia. Mas, em geral, ele não me dá ideia nenhuma.
Muitas vezes, para começar uma crônica, abro o computador e elho para a tela. E a tela não me diz nada, nada, nada. Então escrevo escrevo uma coisa qualquer. Por exemplo; “ E a roda rodou imunda e grossa”. É um verso do Fernando Pessoa. “E a roda rodou umunda e grossa.” Escrevo essa frase e fico olhando para ela. “E a roda rodou imunda e grossa.” E dali nnao sai nada.
Mas botar o dedo na tecla e fazer aprecer aquelas letras na tela é um começo. É como aquelas sereias do Ulisses. O Ulisses estava passando pelo Adriático e, como as sereias cantavam, precisou se amarrar no mastro do navio, para não se atirar nas àguas.
Então, aquelas letras ficam ali: “ E a roda rodou imunda e grossa”. São as sereias. Ela ficam cantando. Letras, letras, letras. E por aí vai. Só que eu não me amarro no mastro, não. Eu vou e sai a crônica.
Carlos Heitor Cony no Paiol Literário.
Estraído do Jornal Rascunho de setembro de 2009 - www.rascunho.com.br
Para quem acha que é fácil.
Por água abaixo
do m&m
MP pede suspensão das vendas de H2O e AquariusDe acordo com o órgão, bebidas desrespeitariam a lei de propriedade industrial por se promoverem como águas, quando na verdade são refrigerantes de baixa caloria
As vendas das águas gaseificadas Aquarius (da Coca-Cola) e H2O (da Pepsi) podem estar seriamente ameaçadas. Nessa última terça-feira, 22, o Ministério Público Federal do Distrito Federal ajuizou uma ação que pede a proibição da comercialização da venda das águas em todo o País sob a alegação de que os dois produtos não são, de fato, água, mas sim, refrigerantes de baixa caloria.
O que seria do mundo da propaganda?
Outro dia, estava mostrando a pasta em uma agência e acabei me lembrando de uma história que ilustra bem o movimento que a propaganda andou fazendo nos últimos anos.
Foi mais ou menos assim.
Uma agência estava à procura de um cara de criação, com alguma experiência, para assumir a supervisão do seu braço de BTL - cuja operação tinha alguns gargalos na demanda e conflitos entre áreas. Nada muito grave mas, dependendo do gestor, poderia virar um inferno.
Bem, procura daqui, procura dali. Pergunta pra um, liga pro outro e nada de surgir o cara certo. E o tempo passando, sabe como é: aquilo que era um probleminha vai virando o caos na terra.
É aquela história, se cobrir é circo e se cercar hospício, manja? Na verdade, não era isso tudo. Nunca é, mas o que seria do mundo da propaganda sem a tradicional overdose de stress e cafeína?
Uma providência tinha que ser tomada, antes que a casa caisse. Nunca cai, mas o que seria do mundo da propaganda sem a paranóia crônica?
“Tem um cara”, alguém lembrou. Era um cara conhecido, gente boa, profissa. Um cara de propaganda é verdade, mas hoje tudo é ideia – internet, marketing direto, promoção, viral, guerrilha, ativação, PDV, sampling, telemarketing, mobile - tudo é ideia.
“Vamos resolver essa semana, se não vai dar merda”, determinou a diretoria. Nunca dá, mas o que seria do mundo da propaganda sem o desespero básico?
Convite feito, grana acertada, mais vale refeição e assistência médica - essa coisas todas que no fim não são coisa nenhuma - , só faltava um detalhe. Sempre falta um detalhe, mas o que seria do mundo da propaganda sem o essencial detalhe que falta?
Bem, faltava só a aprovação da direção, em São Paulo. Mas como foi dito, era apenas um detalhe. Bastava mandar o portfólio e conversar com a direção. Só pra ficar claro quem, na verdade, estava contratando o cara.
Segue portfólio, via Sedex 10, para São Paulo. E dois dias depois acontece o diálogo revelador nas suas entrelinhas:
- Muito boa a sua pasta, mas você não tem nenhum material de below? Pergunta o diretorzão.
- Bem, responde o candidato, é uma pasta de propaganda e, você sabe, ideia é ideia.
- Sim, eu sei, insiste o diretorzão, mas você tem que entender que somos uma agência de BTL.
- Olha, vou ser sincero, acrescentou o criativo, sentindo a inutilidade da conversa. Comecei em Marketing Direto, fiz estágio em agência de Merchandising, inventei de um monte promoções. Sou do tempo em que a dupla criava todas as peças da campanha: filme, anúncio, outdoor, material de PDV, broadside, chaveiro, boné e o que mais pedisse o job. Passei a maior parte da minha vida carregando um caminhão de peças impossíveis de serem acondicionadas numa pasta sem deixar um pedaço para fora e agora que, finalmente, me livrei de todas elas você está me pedindo para para vê-las? É isso?
- Bem, ponderou o diretor, acho que podemos dar um jeito…
Foi mais ou menos assim.
Uma agência estava à procura de um cara de criação, com alguma experiência, para assumir a supervisão do seu braço de BTL - cuja operação tinha alguns gargalos na demanda e conflitos entre áreas. Nada muito grave mas, dependendo do gestor, poderia virar um inferno.
Bem, procura daqui, procura dali. Pergunta pra um, liga pro outro e nada de surgir o cara certo. E o tempo passando, sabe como é: aquilo que era um probleminha vai virando o caos na terra.
É aquela história, se cobrir é circo e se cercar hospício, manja? Na verdade, não era isso tudo. Nunca é, mas o que seria do mundo da propaganda sem a tradicional overdose de stress e cafeína?
Uma providência tinha que ser tomada, antes que a casa caisse. Nunca cai, mas o que seria do mundo da propaganda sem a paranóia crônica?
“Tem um cara”, alguém lembrou. Era um cara conhecido, gente boa, profissa. Um cara de propaganda é verdade, mas hoje tudo é ideia – internet, marketing direto, promoção, viral, guerrilha, ativação, PDV, sampling, telemarketing, mobile - tudo é ideia.
“Vamos resolver essa semana, se não vai dar merda”, determinou a diretoria. Nunca dá, mas o que seria do mundo da propaganda sem o desespero básico?
Convite feito, grana acertada, mais vale refeição e assistência médica - essa coisas todas que no fim não são coisa nenhuma - , só faltava um detalhe. Sempre falta um detalhe, mas o que seria do mundo da propaganda sem o essencial detalhe que falta?
Bem, faltava só a aprovação da direção, em São Paulo. Mas como foi dito, era apenas um detalhe. Bastava mandar o portfólio e conversar com a direção. Só pra ficar claro quem, na verdade, estava contratando o cara.
Segue portfólio, via Sedex 10, para São Paulo. E dois dias depois acontece o diálogo revelador nas suas entrelinhas:
- Muito boa a sua pasta, mas você não tem nenhum material de below? Pergunta o diretorzão.
- Bem, responde o candidato, é uma pasta de propaganda e, você sabe, ideia é ideia.
- Sim, eu sei, insiste o diretorzão, mas você tem que entender que somos uma agência de BTL.
- Olha, vou ser sincero, acrescentou o criativo, sentindo a inutilidade da conversa. Comecei em Marketing Direto, fiz estágio em agência de Merchandising, inventei de um monte promoções. Sou do tempo em que a dupla criava todas as peças da campanha: filme, anúncio, outdoor, material de PDV, broadside, chaveiro, boné e o que mais pedisse o job. Passei a maior parte da minha vida carregando um caminhão de peças impossíveis de serem acondicionadas numa pasta sem deixar um pedaço para fora e agora que, finalmente, me livrei de todas elas você está me pedindo para para vê-las? É isso?
- Bem, ponderou o diretor, acho que podemos dar um jeito…
É isso aí
Avaliada em mais de U$ 68 bilhões, a marca Coca-Cola manteve a liderança, pela décima vez, no ranking que a Interbrand divulgou na sexta-feira, dia 18. A marca manteve a primeira posição em todas as edições do estudo lançado em 2000.
Eficácia na internet tem hora marcada
Pesquisa global realizada pela Eyeblaster revela que o pico de audiência das mensagens comerciais se dá às 9 horas.
Segundo o estudo, o usuário gasta, em média, um minuto por dia interagindo com publicidade online. E o período da manhã é o de maior impacto para as mensagens comerciais, atingindo o pico às 9 horas.
Os vídeos são os que mais tem impacto, com até 70 segundos de atenção do usuário.
O estudo analisou uma amostra de 42 bilhões de interações em todo o mundo, entre setembro de 2008 e março deste ano.
A informação é da coluna Em Pauta, publicada na edição 1376 de Meio & Mensagem, que circula com data de 14 de setembro de 2009.
A rede é só para peixe grande
Bagrinho não entra. Só os tubarões candidatos a Presidência da república poderão usar a rede para suas campanhas eleitorais. A medida ocorreu por meio de acordo, entre líderes governistas e da oposição e faz parte da reforma eleitoral.
Apenas os candidatos que a presidente terão o direito de comercializar espaços na web devido a importância da candidatura e, também, por poderem, de certa forma, comprar os espaços de veiculação de suas campanhas de forma igualitária.
No começo, a proposta debatia o direito de todos os candidatos às eleições do próximo ano poderem utilizar a internet como espaço para suas campanhas eleitorais. O fato de mais de 20 mil pessoas, até o momento, já terem confirmado sua participação na disputa dos cargos políticos levou o governo e a oposição a estabelecerem tal acordo.
Apenas os candidatos que a presidente terão o direito de comercializar espaços na web devido a importância da candidatura e, também, por poderem, de certa forma, comprar os espaços de veiculação de suas campanhas de forma igualitária.
No começo, a proposta debatia o direito de todos os candidatos às eleições do próximo ano poderem utilizar a internet como espaço para suas campanhas eleitorais. O fato de mais de 20 mil pessoas, até o momento, já terem confirmado sua participação na disputa dos cargos políticos levou o governo e a oposição a estabelecerem tal acordo.
Lula na rede
Copy paste do m&m
Blog do Planalto estreia com acessos além do previstoO novo canal de comunicação entre o presidente Lula e os internautas se inspira nos blogs de Barack Obama, o presidente dos EUA, e Gordon Brown, primeiro-ministro inglês
O Blog do Planalto entrou no ar nesta segunda-feira, 31, com o objetivo de ser o canal de comunicação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a população, principalmente com os jovens brasileiros adeptos das mídias sociais.
Mas os internautas que tentaram conferir o blog logo nas primeiras horas de seu funcionamento tiveram dificuldades de acesso. Ele ficou fora do ar praticamente durante toda a manhã. No começo da tarde voltou a funcionar, porém nem todos os conteúdos estavam disponíveis.
O governo informou que o problema ocorreu devido ao grande número de acessos. O blog foi programado para receber até seis mil visitas simultaneamente. No entanto, esse número passou de dez mil logo pela manhã.
A data de estreia do blog, hospedado na Datavprev, foi escolhida pelo próprio presidente, com o propósito de coincidir com o anúncio do modelo regulatório do pré-sal. A pauta em questão é o assunto prioritário da página.
O endereço eletrônico conta com uma equipe de cinco profissionais, que está trabalhando há dois meses no projeto: o coordenador Jorge Cordeiro (ex-Globo, JB, assessoria da prefeitura de São Paulo), os redatores Daniel Carvalho (ex-Global Voz) e Mayana Diniz (equipe do Planalto); o programador Marcos Machado e o webdesigner Daniel Pádua (ex-EBC).
Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), a ferramenta se concentrará na rotina do presidente, agenda diária, gravações e pronunciamentos feitos por Lula sobre as decisões tomadas pelo governo.
O projeto é inspirado nos blogs do presidente norte-americano Barack Obama e do primeiro ministro-inglês Gordon Brown. Em breve, o presidente brasileiro também deve estar presente no YouTube, com um canal exclusivo, e no Twitter.
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