Sábado, 8
de fevereiro. No segundo andar, a janela da sala é voltada para oeste, na direção do Ibirapuera – depois das 3 horas o ambiente fica muito
quente até que o
sol se canse de gratinar a cobertura crocante das lajes da cidade e vá castigar outros hemisférios. No entanto, a paisagem é refrescante, mesmo do interior do forno, do ponto de
vista do assado: uma pequena vila, com casinhas de vila, pessoas de vila e histórias de vila, que também assam calmas à sombra do murro que as separam do mundo.
Uma chuva se forma a noroeste, o céu começa a
ficar carregado e o sol insiste em acender as bordas das nuvens, ameaçando voltar - prestigiado
pelo horário de verão. Abro a geladeira à procura do que
nunca tem, enquanto aguardo a chuva. A noite chega tarde, às oito e meia,
ainda não choveu e é capaz que não chova hoje, só semana que vem.